1978
Rodando pelas ruas dos bairros de Maringá, não é raro e nem difícil, encontrar histórias sobre fatos estranhos, muitas vezes "horrendos", que sugerem se repetir, quase sempre em noites frias e solitárias. Isso se dá, talvez, por muitos desses fatos terem sido trazidos pelos moradores antigos provenientes da área rural. Mas esse estudo, pelo menos em Maringá, não foi feito ainda. Assim, o Blog Maringá Histórica, se dará ao luxo de contar alguns desses "causos".
A história do "Gato" aconteceu em 1978 na Rua Marcelino Champagnat com a família de Ana Lúcia Salles do Amaral (hoje radicada em Pirajú - SP). Ela o detalhou em seu blog (http://blogdaanaluamaral.blogspot.com) em 29 de agosto de 2009, segue:
"A história [...] passou-se no ano de 1978 em Maringá [...] Aí morava uma família que era constituída pelo casal e seis filhos. O pai, Lauro Garcia do Amaral, já falecido, era funcionário público e sua esposa [...] Naquela época, haviam muitos gatos pelas redondezas [...] E assim eles foram se chegando, um, dois, até que por fim o quintal [...] virou uma espécie de ponto de encontro dos gatos da rua [...] Havia um gato amarelo, com jeito de já ser velho, que tinha uma ferida enorme que ia da orelha até um dos olhos. Chorava muito, provavelmente devido a dor causada pela sua ferida, que mais parecia uma chaga de lepra. [...] Não é preciso ser um grande conhecedor de animais para saber distinguir os sons emitidos por estes [...] Até que numa sexta-feira, já altas horas da noite, começou a passar um filme. O enredo, ao qual [...] não prestei muita atenção, passava-se num casarão mal-assombrado cheio de gatos. Um de meus irmãos assistia ao filme na sala, os outros haviam saído e eu estava me preparando para me deitar. Até que de repente, ouvi um ruído forte, como de vidros sendo quebrados, seguido por gritos e um miado que mais parecia um guincho esganiçado. Assustada, fui até o quarto de meus pais, de onde partiam os ruídos. Bati na porta e ao entrar, deparei com um quadro espantoso. Minha mãe estava tão apavorada que não conseguia falar. Meu pai, que era muito calmo, me contou enquanto mostrava os pedaços de vidro ensanguentados sobre a cama [...] E então eu escutei o relato dele sobre o gato que havia pulado pela janela indo parar direto na cama onde estava deitado [...] O fato chegou ao conhecimento de outras pessoas e a reação variava entre espanto, incredulidade e indiferença. Passados alguns dias, a vizinha de cujo telhado o gato saltou em direção à nossa casa, resolveu tomar uma atitude. Dona Érica, uma senhora muito católica, contou o caso ao pároco local. Dias depois, o padre Sidney Zanettini compareceu à nossa casa. Como ele era bem conhecido na cidade, houve uma pequena aglomeração de pessoas querendo saber o que se passava. Após fazer algumas orações para abençoar a casa e os que nela residiam, dirigiu-nos algumas palavras de alerta [...] Tempos depois, ficamos sabendo que o caso foi até citado pelo padre em uma missa. O gato, como era de se esperar, não durou muito tempo. Quanto a mim, pessoalmente, sempre achei que tudo não passou de coincidência [...]."
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