2009
Ora e outra recebo alguns e-mails e comentários falando sobre o blog. E muitos desses podem contribuir ricamente com a história de Maringá.
Resolvi criar esse tema "Desengavetando sua história" com a finalidade de contar a história de sua família, ou um fato, enfim, tudo que possa contribuir.
Abaixo conheceremos a história da leitora do blog: Cirlene Perroud de Melo.
Cricéia Dalva (sua mãe)
Ela nasceu em Maringá em 1960 e estudou na Escola Anita Garibaldi, onde participou dos desfiles de 1965 e 1966 organizados pela cidade, com o tema das estações do ano. A sua primeira professora foi a "Tia Alayde". Sua mãe foi uma professora de história que muitos conheceram, Dona Circéia Dalva, que tinha como companheira de trabalho, Orieta Luz Kohenem.
Desfile de 1965. De Miss Inverno
Comenta que se lembra perfeitamente da música de abertura do Cine Horizonte. Depois quando passou a estudar no Gastão Vidigal na década de 1970, passava pela Avenida Brasil passando pelo Viaduto do Café na Avenida São Paulo. Fala dos momentos em que viveu no bairro Aeroporto. Seu avô, Pedro Nolasco Perroud, foi contador da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná até 1964. Já em 1979, com seu primeiro filho, passeava na praça da Catedral, pois morava nas proximidades, Av. Xv de Novembro - 900 (quase ao lado do Edifício Flamboyant). Também nessa época se lembra do prédio do Banco do Brasil todo azulado.
Na época em que moravam na XV de Novembro, tiveram um comércio chamado: Ella Estética Feminina, Era um composto de salão de beleza, sauna, tratamento de pele, corpo e ginástica.
Sua avó, Oriza. E seu avô, Pedro.
Seu pai foi joalheiro/relojoeiro/ótico na Ótica do Juracy, do Chiquinho, e por fim trabalhou para o Sr. Milton Pinto Teixeira, em outra ótica. Cirlene lembra que o estabelecimento do Juracy ficava na Avenida Brasil, ao lado do Frigorífico Maringá.
Hoje, já não mora mais em Maringá e fez a gentileza de transmitir a saudade que sente do "Eldorado" em dois poemas, o qual compartilho um deles com vocês:
Poema: Saudades 1
da minha casa no bairro aeroporto de Maringá, perto do João XXIII
Sinto falta do quintal
Das árvores a darem frutos
Das flores a enfeitar
De cada cantinho de terra
Da grama, do meu pomar
Do calor da terra virgem
Na chuva lama virar
Na seca tudo poeira
No vento as árvores todas
Num balanço assoviar
Querendo dizer contentes
Aqui vamos ficar
Tudo faz parte hoje
De um lugar somente meu
Onde criança ainda
Fui feliz, muito feliz!
Passado palavra triste que dói no coração
Que enche meus olhos de água
Quentes, salgadas, doídas
Lembrando a casa querida Onde o mundo era só meu.
Saudade da passarada
Que no cantar me acordavam
Dizendo – “é dia menina, vem!
_Cante conosco um pouquinho!...
Veja, no nosso ninho
Que mais um filho nasceu”!
Hoje, nada mais resta
Do canto da passarada
Quem me acorda tão somente
É o roncar dos carros que passam
É o choro da filharada.
Meu quartinho que outrora
Me acolhia ouvindo as mágoas
Perdeu-se para outro dono
E inconsolável ficou...
Não há mais intimidade
Nem outro consegue entender
O estalar da madeira
Nem mesmo nosso silêncio
Nem mesmo nosso sofrer
Ah! Casinha querida
Se você soubesse que eu
Sinto a dor da saudade
De tê-la só para mim
De ser a sua rainha
Sentir o frescor do seu chão
Aí saberia que eu
Contenho-me para não explodir
Querendo chorar simplesmente
Dizer que estou com saudades
Dizer a nossa verdade...
...a nossa verdade sentir...
Autora: Cirlene Perroud de Melo - Pretusca - © Copyright requerida - Creative Commons - Curitiba 1984
Agradecimento especial a Cirlene Perroud de Melo. As fotos são de seu acervo pessoal.
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