1940
Possivelmente do início da década de 1940, a imagem retrata umas das principais dificuldades enfrentadas por aqueles que chegavam ao Norte e ao Noroeste do Paraná naquele período. Transitar entre os ainda incipientes vilarejos e povoados era uma complexa tarefa e exigia não só a força de veículos motorizados, mas também a habilidade de seus motoristas. Isso porque a terra vermelha, presente pelas rústicas estradas abertas em meio à floresta, cobrava dos viajantes altos tributos.
Em períodos de estiagens, embora houvesse menos tensões, a poeira recobria o caminho passado pelos carros, ônibus e caminhões. Buracos se abriam e causavam acidentes, dificultando e atrasando viagens. Quando chovia, as pessoas se prepararam para uma verdadeira jornada. Chegar a Maringá saindo de Mandaguari, um trecho de pouco mais de trinta quilômetros, poderia levar o dia todo. Correntes eram afixadas nos pneus para intensificar o atrito na lama que se formava, mas mesmo assim era quase certo atolar. Segundo relatos, era comum aguardar dias pela chegada do socorro.
A foto foi feita justamente em uma estrada nas imediações de Lovat, cidade que mais tarde teria seu nome alterado para Mandaguari.
Encostados no veículo Ford, aparecem cinco homens: quatro com chapéus e um com boina. A implacável lama está em toda parte, somada à uma grande poça de água, à esquerda. Não havia o que fazer, a não ser esperar o sol secar a terra ou um trator surgir.
Assim eram as condições das estradas de nossa região nos períodos de formação das cidades.
Fontes: Acervo do Instituto Isa e Gastão Mesquita Filho / Museu Bacia do Paraná / Acervo Maringá Histórica.
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