2024
O surgimento da UEM, a gratuidade do ensino público e o nascimento das instituições privadas: “Da lama à Universidade: a história do ensino superior em Maringá”, roteirizado e dirigido por Miguel Fernando, vai revisitar bastidores e entrevistar personagens que ajudaram a configurar o mapa da formação acadêmica na cidade.
Durante muitos anos, ter formação superior foi um privilégio de poucos no Paraná. Até meados da década de 1940, a única instituição de ensino gratuita para esta modalidade ficava em Curitiba. O cenário passou a mudar em 1969. Naquele ano, pressionado por diversas lideranças do interior do estado, o então governador Paulo Pimentel assinou o decreto que autorizou a abertura de três universidades: a Universidade Estadual de Londrina (UEL), a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e a Universidade Estadual de Maringá (UEM).
A UEM também foi responsável, para além da formação de diversos profissionais, por todo um ecossistema de desenvolvimento econômico, social e cultural da região. Mas é preciso lembrar o que veio antes disso. E é para contar essa história que está sendo produzido, em Maringá, o documentário “Da lama à Universidade”. Dirigido e roteirizado por Miguel Fernando, o longa vai falar sobre a história do ensino superior na cidade. As gravações iniciaram no domingo (24) e a previsão é de entrevistar mais de 30 personagens.
De acordo com o diretor do documentário, que também lidera o Cidades Históricas – maior plataforma de preservação e divulgação da história do Paraná, o ensino superior em Maringá tem uma trajetória muito rica, seja na esfera pública ou privada.
“Muita gente não sabe, mas tivemos três instituições de ensino superior que vieram antes da UEM, sendo a Faculdade Estadual de Ciências Econômicas, a Faculdade Estadual de Direito e a Faculdade Estadual de Filosofia, Ciências e Letras. Elas formaram muita gente e, mais tarde, foram fundidas para dar origem à Universidade Estadual de Maringá”, conta Miguel Fernando.
Ainda conforme o pesquisador, há outros aspectos ao longo da história que destacam a importância do ensino superior para o desenvolvimento de Maringá e região. “Não dá para contar a história do ensino superior em Maringá sem falar também das instituições privadas, que deram muito suporte no aumento de pessoas que ingressaram no ensino superior. Até a década de 1980, para quem não lembra, as universidades estaduais eram pagas. Depois da gratuidade, houve uma explosão de concorrência nos vestibulares, o que não deixou de consolidar as instituições particulares. São histórias que pretendemos contar nesta produção”, finaliza.
Personagens que participaram das articulações iniciais do ensino superior na cidade já foram entrevistados nos últimos dias. Dentre eles, o professor José James da Silveira e Hugo Hoffmann (fotos), que atuaram na Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Maringá; o professor Argemiro Karling, um dos responsáveis pelo reconhecimento federal da UEM, em 1976; Neumar Adélio de Godoy e Paulo Roberto Pereira de Souza, ex-reitores da UEM entre as décadas de 1970 e 1980; além de muitas outras pessoas, incluindo alunos das primeiras turmas e empresários da área educacional.
Os bastidores das gravações podem ser conferidos na página do Maringá Histórica no Instagram e no Facebook: @maringahistorica.
A produção ficou à cargo do Cidades Históricas e da Cosmos Filmes. Com direção de fotografia e still de Felipe Halisson (IDX) e som direto e trilha sonora da Stone Ferrari (Pé de Música), a previsão é que o documentário seja lançado no primeiro trimestre de 2025.
Lei de Incentivo à Cultura
Patrocínio: Construtora Sanches Tripoloni e Distribuidora de Bebidas Virginia
Fomento à Cultura: Instituto Cultural Ingá
Produção: Cidades Históricas e Cosmos Filmes
Realização: Maringá Histórica, Ministério da Cultura e Governo Federal, União e Reconstrução
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