Barracos espalhados por Maringá - 1978

1978

Até o final dos anos 1970, Maringá contava com diversas ocupações irregulares ao longo de seu eixo urbano. Eram cortiços, barracos e favelas. Na década anterior, o prefeito João Paulino determinou diversas medidas que visaram neutralizar este problema social. Quando retornou ao Poder Executivo em 1977, o promotor público aposentado deu sequência àquela ação que foi muito criticada, devido a forma pela qual foi conduzida. 


Exigindo agilidade, João Paulino colocou a equipe de determinadas secretarias para derrubar barracos e desmobilizar a concentração de pessoas em ocupações irregulares. Na época, o local que abrigava o maior número de moradores era a favela Cleópatra, também conhecida como "favela do Cemitério", por estar instalada nas proximidades do campo santo. Com uma população considerável, tratores da Prefeitura derrubaram as pequenas casas, quase todas como a da imagem que foi veiculada na Folha do Norte do Paraná em junho de 1978.

Diferentemente do que havia sido feito na década de 1960, ao longo dos anos 1970, a Prefeitura buscou dar certo amparo às famílias desabrigadas, destinando-as a moradias populares na região do bairro Cidade Alta, ou, em alguns casos, levando-as para cidades da região. Atualmente, tal medida seria qualificada como um processo de "higienização social". 

Tratar deste assunto nos fazer refletir que nem todos que aqui chegaram anos atrás conquistaram seu lugar ao sol. Muitas pessoas pereceram e outras tantas sofreram por inúmeros fatores, como desemprego, despreparo, desamparo ou desestruturação social/familiar. 

Fontes: Folha do Norte do Paraná de 4 de junho de 1978 / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Acervo Maringá Histórica. 

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