Da praça, o Edifício Maringá - Anos 1970

1970


Feito a partir da praça Napoleão Moreira da Silva, entre a vegetação e as palmeiras imperiais, o registro mostra parte do Edifício Maringá. A imagem é da segunda metade da década de 1970. 

Em julho de 1962, a diretoria do então Banco da Lavoura de Minas Gerais adquiriu o lote nº 7, da quadra 11, na Zona 1. Situado na esquina da avenida Brasil com a avenida Duque de Caxias, trata-se de um dos melhores pontos comerciais da cidade.  

Em expansão para os principais polos econômicos do Brasil, o Banco da Lavoura, assim como outros empreendimentos do ramo, buscava otimizar os terrenos que adquiriam. Ou seja, conciliavam por meio do mesmo plano de ocupação, uma agência, que ficava no térreo, e apartamentos, em um edifício que seria construído sobre ela. Aquela decisão não era mera estratégia de negócio. Fruto de uma legislação federal que buscava estimular a presença de instituições bancárias pelo interior do país, a operação buscava vários arranjos fiscais a fim de reduzir custos nas obras. 

Foi com esse propósito que o arquiteto Salvador Candia desenhou o então Edifício da Lavoura em 1962. Segundo observou Eduardo Rocha Ferroni, em sua dissertação de mestrado sobre o arquiteto, o empreendimento de apartamentos oferece uma marquise de acolhimento da calçada como prolongamento da laje de cobertura do pavimento térreo, área que seria instalada a agência bancária. Quanto aos apartamentos, o projeto de Candia demonstrou preocupação em dispor amplas aberturas por meio de varandas e caixilhos instalados do piso ao teto, modulados por montantes de concreto armado e protegidos por persianas externas de madeira. 

O Edifício da Lavoura, nome inspirado na instituição que o empreendeu, conta com 4.100 m² de área total, distribuída em 13 pavimentos, onde ficava a agência bancária, no térreo, e mais 24 apartamentos. 

A venda de suas moradias foi um sucesso. Afinal, assim como hoje, seria um privilégio residir em área tão nobre da cidade. Contudo, os primeiros moradores teriam sido classificados pejorativamente como “jacus”, pois eram pessoas humildes que acabaram ricas com o cultivo do café. Segundo relatos, a sua inauguração teria ocorrido em 1967, quando foi considerado o primeiro edifício residencial de Maringá. 

Na década de 1970, após desavenças entre os herdeiros do Banco da Lavoura de Minas Gerais, a instituição foi dividida em duas. Foi quando nasceu o Banco Bandeirantes e o Banco Real. Em Maringá, a agência localizada na esquina da avenida Brasil com a avenida Duque de Caxias passou a ser ocupada pelo Banco Real. Em consequência, o nome Edifício da Lavoura também acabou alterado para Edifício Maringá. 

Décadas mais tarde, o Real passaria por outras vendas até ser incorporado pelo Banco Santander. Então, esse ponto, um dos mais valorizados e movimentados da cidade, foi destinado para outras finalidades do varejo. 

Fontes: Acervo CMNP / Acervo Maringá Histórica. 

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