Confusão causada pelo "Caminhão do Faustão" - 1990

1990


No dia 11 de fevereiro de 1990, por volta das 16 horas, o ator da Rede Globo Marcos Frota sorteou mais uma carta para ser contemplada pelo  "Caminhão do Faustão". Aquela era uma promoção realizada por meio do programa Domingão do Faustão, onde o apresentador, Fausto Silva, junto de seus patrocinadores, viabilizava diversos prêmios a serem entregues por meio de um caminhão. Em sua maioria, eram eletrodomésticos e móveis. 

Pelo regulamento, o contemplado deveria estar em casa no momento da entrega. Caso contrário, o vizinho da esquerda seria beneficiado. E assim foi a produção para o Jardim Montreal, na então rua 43.201, junto de uma multidão que saiu da praça da Catedral, onde ocorreu o sorteio, até o bairro. 


Ao chegar na casa contemplada de número 42, Marcos Frota pediu para confirmar a presença do autor da carta, Antônio Manoel Alves, de 20 anos. A família dele explicou que Alves havia ido até a farmácia comprar seu medicamento contra epilepsia. Imediatamente a produção do programa fez cumprir o regulamento, e buscou pelo vizinho. Então, quem recebeu os prêmios foi Geni Oliveira Araújo, de 23 anos, e seu marido, Neo Gonçalves de Araújo, de 28 anos. 


Segundo Geni explicou para a imprensa na época (terceira imagem), o mais importante foi o dinheiro que recebeu junto dos prêmios, NCz$ 50 mil. Segundo ela detalhou, aquele recurso viabilizaria uma cirurgia que a filha precisava fazer no estomago para a retirada de uma hérnia. 


Revoltado, o pai de Antônio, o contemplando, José Manoel Alves (quarta imagem), que era guarda da Prefeitura Municipal de Maringá, disse que não era justo com o filho, pois o mesmo utilizava medicamento controlado e precisava comprá-lo naquele momento. Também foi relatado que se tentou um acordo entre os vizinhos, mas que não houve sucesso. 

A multidão que acompanhou o "Caminhão do Faustão" teria causado estragos na rua daquele bairro. Muita gente teria subido em uma árvore, quando o galho quebrou e um garoto teria fraturado o braço com a queda. Além disso, pessoas caminharam em terrenos vizinhos, danificando telhas, hortas e, ainda, arrancaram um medidor de água. 

Assista ao vídeo daquele evento clicando AQUI.

Fontes: O Diário do Norte do Paraná de 13 de fevereiro de 1990 / Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Acervo Maringá Histórica. 

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