Anteprojeto urbanístico de Maringá - Década de 1940

1940

Conforme contrato celebrado com a Companhia de Terras Norte do Paraná, é possível constatar que o engenheiro-arquiteto paulista Jorge de Macedo Vieira foi selecionado no final da primeira metade da década de 1940 com o objetivo de desenvolver o projeto urbanístico de Maringá. Baseado em rascunhos elaborados pelos também engenheiros e seus contemporâneos de universidade, Cássio da Costa Vidigal e Gastão de Mesquita Filho, Macedo entregou a sua proposta para avaliação da colonizadora em meados de 1946.

Mas como eram estes estudos preliminares que foram confeccionados por Vidigal e Mesquita? Segundo alguns arquitetos que pesquisaram o tema, o documento apresentou informações precisas sobre a topografia, recomendando o traçado e a ocupação da cidade por meio de seus zoneamentos. Em escala de 1:5000, a planta comprova essa teoria. 


A Construtora de Imóveis e Financiamento S/A - São Paulo, de propriedade de Cássio da Costa Vidigal, entregou ao urbanista paulista um anteprojeto da cidade de Maringá. Muito bem detalhado, nele é possível identificar as zonas residencial, residencial popular, industrial e comercial. Também estão previstos nele espaços para uso público, como cemitério, grupos escolares, praça de esportes e outros serviços. 

O sistema viário é bem diferente da proposta que foi aprimorada por Jorge de Macedo Vieira. No anteprojeto não há rotatórias e algumas vias de acesso que cruzariam boa parte são inexistentes, como a avenida Brasil.

Ao Norte, próximo do "pátio da estação", vemos o grande lote rural nº 134. Adquirido pela família Meneguetti, a área se tornaria o Jardim Ipiranga, que começou a ser loteado em 1960.

É possível comparar o anteprojeto, concebido como referência por Cássio Vidigal e Gastão de Mesquita Filho, com o projeto feito por Jorge de Macedo Vieira. Na proposta definitivo, além de reestruturar o traçado em algumas áreas da cidade, com a região central, o engenheiro-arquiteto ainda deslocou alguns equipamentos públicos para outros locais, como foi o caso do cemitério, que saiu da Zona 2 e foi mais para o Sul. 


Fontes: Acervo CMNP / Acervo Maringá Histórica. 

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