O raríssimo registro foi feito no fundo do segundo pavimento do Edifício Langowski, localizado na avenida Brasil esquina com a então rua Cleópatra, hoje José Jorge Abrão. Provavelmente, produzido no final da década de 1940, mostra uma mulher junto de oito crianças. Ao fundo e à esquerda, quase imperceptível, vemos a torre da Relojoaria Ômega, que funcionou inicialmente na rua Moscados, nomeada atualmente como Santa Joaquina de Vedruna. Em 1953, este estabelecimento seria transferido para a avenida Brasil, na região do Maringá Novo. 

Permitindo uma infinidade de interpretações, a imagem propõe uma análise bastante necessária, significativa e pouco contextualizada na história: a presença das mulheres no desenvolvimento socioeconômico de Maringá. Elas atuaram de forma determinante nas colheitas, em empreendimentos urbanos, além de se desdobrarem com afazeres domésticos e cuidados com os filhos que, naquela época, geralmente eram muitos. Essa figura não só ajudou, como fez com que homens ganhassem notoriedade, mesmo que, por vezes, fossem preteridas, relegadas ou esquecidas. 

Na cidade, poucos são os registros de mulheres que criaram e comandaram estabelecimentos comerciais ao longo das décadas de 1940 e 1950. No entanto, sabe-se que não foram poucas. Elas comandaram restaurantes, pensões e diversos outros espaços que empregaram, geraram renda e promoveram o efeito multiplicador para a economia local. 

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Fonte: Acervo Maringá Histórica. 

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