Obras do Grande Hotel Maringá

1950

Visando viabilizar um empreendimento de hospedagem à altura de seu projeto imobiliário, a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná contratou o escritório do arquiteto paulista José Augusto Bellucci no início da década de 1950. Demarcando o local do futuro hotel, no coração do plano urbano de Maringá, a colonizadora estabeleceu altos parâmetros no programa de necessidades básicas do projeto: esperava um estabelecimento de alto padrão.

As obras chamaram a atenção dos habitantes. Embora houvessem outros hotéis e pensões pela cidade, nada se aproximava a grandiosidade do Grande Hotel Maringá.

Com 72 apartamentos, à época, cada qual com seu banheiro privativo, o hotel ainda contava com luxuoso restaurante, salões para reuniões e eventos, um bar estilo americano com banquetas ao balcão, salão de jogos e vários espaços de convivência. Havia também sacada social com vista para a então praça Dom Pedro II e Catedral.

Vale lembrar que o escritório de José Augusto Bellucci também foi responsável por traçar todos os detalhes do hotel: das paredes aos talheres, das toalhas aos móveis.

A obra do novo estabelecimento foi executada pela Construtora São Paulo S/A, que tinha como engenheiro responsável Celso da Costa Carvalho Vidigal. Segundo pesquisa do arquiteto Aníbal Verri Jr., o hotel foi construído em duas etapas. A primeira delas contou com suas alas voltadas para a praça Dom Pedro II. A segunda etapa, desenvolvida anos depois, edificou a área com sua face voltada para a avenida Duque de Caxias.

Em 22 de setembro de 1956 aconteceu um dos eventos mais concorridos da história da cidade: a inauguração do Grande Hotel Maringá. A solenidade se deu com a recepção de empresários e personalidades políticas no Aeroporto Regional Dr. Gastão Vidigal, ao final da manhã daquele dia. O governador do Paraná, Moysés Lupion, chegou por volta das 11h30. Na sequência, todos foram direcionados ao novo hotel.