A manchete de O Diário do Norte do Paraná, de 30 de outubro de 1988, anunciava o crescimento surpreendente do candidato Ricardo Barros (PFL) à prefeitura do município. Até então, o franco favorito era João Preis (PMDB). 

Só para se ter ideia, em meados de setembro o Ibope divulgou a seguinte ordem de preferência: Preis, 34%; Adriano Valente (PDT), 19%; Ademar Schiavone (Aliança Política Maringá), 15%; Ricardo Barros (PFL), 3%; Norberto Miranda (PT), 2%; Miguel Grillo (Frente Alternativa Popular), 2%.   

Em 5 de novembro, o mesmo imprenso detectou a reviravolta. Estes eram os números atualizados do Ibope: Preis, 27%; Ricardo, 20,8%; Ademar, 16%; Adriano, 14,5%. 

Em 8 de novembro, o Diário divulgou a tendência parecida com Ricardo Barros três pontos atrás de João Preis, embora a manchete salientasse a liderança do peemedebista. Nesse mesmo dia, números que circularam por outros meios de comunicação sugeriam que Ademar ponteava a corrida, 8 pontos à frente de Preis. 

Em 15 de novembro as urnas confirmaram a fulminante ascensão do candidato do PFL: Ricardo Barros ficou com 34,45 % dos votos e João Preis somou 26,05%.

Aquela foi uma eleição tencionada por calunias que recaíram sobre o ex-secretário municipal da Indústria e Comércio, João Preis. Não houve tempo para reverter a opinião popular e Preis sangrou na reta final das eleições. 

Fonte: Livro - Da Arte de Votar e Ser Votado, de Reginaldo Benedito Dias / Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica.

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