2010
Maringá não é uma cidade, mas sim uma vila, na divisa de três cidades e dois estados. Sim, existe uma outra Maringá em que nada lembra a terceira maior cidade do Paraná. O registro é do jornalista Marcelo Bulgarelli durante sua hospedagem naquela região, em janeiro de 2010.
A Vila Maringá tem uma parte na divisa das cidades de Resende e Itatiaia no Estado do Rio. Atravessando uma pequena ponte de pedestres, chegamos ao outro lado do Rio Preto, município de Bocaina de Minas, em Minas Gerais.
Assim, temos a Vila Maringá e a outra parte conhecida como Maringá de Minas. A divisa é feita pelo Rio Preto que corta a região, inclusive com inúmeras quedas d’agua e belíssimas cachoeiras. A região é uma das maiores atrações turísticas das serras do Sudeste, atraindo muitos paulistas que buscam um “ar de montanhas”. Sim. Na maior parte do ano, faz frio na Vila Maringá.
Situada numa altitude de 1.220 metros, a vila está localizada na região conhecida como Visconde de Mauá. Sua população não ultrapassa 3,5 mil habitantes, mas triplica nas férias e finais de semana devido à grande concentração de turistas paulistas, mineiros, cariocas e de diversas cidades do país.
A região compreende as vilas de Mauá (Resende-RJ), Maringá-Rio (Itatiaia-RJ), Maringá-Minas (Bocaina-MG) e Maromba (Itatiaia-RJ). Fica na Serra da Mantiqueira, ao lado do Pico das Agulhas Negras. Suas belezas naturais junto com uma gastronomia, alavancada pela rica rede hoteleira, garantem a economia local. Do simples camping aos hotéis cinco estrelas, a Vila de Maringá tem um lugar garantido nos guias de turismo. É a mais movimentada das três vilas de Visconde de Mauá. Nela se concentra a gastronomia e a vida cultural. Nas demais, muitos passeios em cachoeiras no meio da mata.
GASTRONOMIA
Na rua dos Cavalos, a principal de Maringá, bares e restaurantes servem sofisticadas pizzas, pratos à base de trutas (peixe que se adaptou muito bem às geladas águas frias do Rio Preto e seus afluentes), fondues de queijo, carne ou frango, pratos japoneses, alemães e o melhor da culinária mineira. As lojas e os restaurantes costumam ficar abertos até às duas horas da manhã nos fins de semana.
No final da rua dos Cavalos, o Rio Preto faz a divisa entre os estados do Rio e Minas Gerais. A ponte de pedestres é supermovimentada.
ARTESANATO
No centro de Maringá e na estrada em direção à Maromba – sempre acompanhando o percurso do belíssimo Rio Preto - os espaços são disputados entre restaurantes e inúmeras lojas de artesanato. Como o local também é frequentado por esotéricos, pode-se encontrar belos trabalhos em argila, personagens como bruxas, duendes, velas artesanais, artigos orientais, roupa de frio e até artesanato de Machu Picchu.
E por falar em frio, as temperaturas no verão costumam ser amenas, entre 17 e 25 graus. Os dias são ensolarados. No inverno, porém, a temperatura pode atingir 15 graus negativos. Não é à toa que praticamente todos os hotéis, pousadas e chalés possuem lareiras nos quartos. Os mais sofisticados têm até hidromassagem climatizada em meio aos jardins.
COMO CHEGAR
O acesso para Visconde de Mauá e região é através da Via Dutra, no Km 311/RJ. Vindo do Rio, a saída está a 3 quilômetros depois de Resende. De São Paulo, fica depois da Polícia Rodoviária de Itatiaia. O turista vai passar pela entrada de Penedo, uma cidade colonizada por descendentes de finlandeses (vale uma visita). De lá, é só subir a serra.
Entre os nativos e visitantes, uma verdadeira comunhão de homens e mulheres de túnicas esotéricas, artesãos, gente da roça, artistas plásticos, mochileiros, trilheiros, motoqueiros, músicos, hippies e empresários paulistas.
Não há registros oficiais sobre a razão da vila ter o nome de Maringá. Há quem garanta que o batismo surgiu de forma espontânea entre os primeiros mochileiros, na década de 1970. Outros moradores dizem que é uma homenagem à canção “Maringá”, obra-prima de Joubert de Carvalho.
Fontes: Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica.
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