Saudades das “espinhas de peixe”? - 2000

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A foto é das “espinhas de peixe”, estacionamentos transversais que organizavam o estacionamento na avenida Brasil, centro de Maringá.  Hoje, poucos podem sentir falta desse espaço para os automóveis, mas uma pesquisa publicada em O Diário do Norte do Paraná, em junho de 2000, pela DNP Pesquisas, revelou que a maioria dos entrevistados (70%) era contra a retirada desse modelo de vagas:

“A comunidade maringaense é majoritariamente contra a retirada das ‘espinhas de peixe’ que separam hoje as duas pistas da avenida Brasil num longo trecho que se estende desde a praça Souza Naves (Rodoviária Nova), na Vila Operária, até a praça 7 de Setembro (Peladão), já na entrada do Maringá Velho.

Isso é o que mostra o resultado pesquisa feita pelo DNP-Pesquisas no sábado, 10 de junho, junto a 440 pessoas, entre comerciantes (27,27%), comerciários (32,27%) e população em geral (40,45%). A pesquisa apurou que 71,59% dos entrevistados são contrários à retirada das espinhas, enquanto 21,36% mostraram-se favoráveis e 7,05% foram indiferentes à questão. Do total de entrevistados, 85% residiam em Maringá e os 15% restantes em cidades da região, mas todos habituados a fazer compra ou passear na avenida Brasil.

As entrevistas foram realizadas com pessoas que circulavam pela avenida entre as praças Rocha Pombo e do "Peladão", trecho que a prefeitura pretende reurbanizar e revitalizar, através de um projeto que retira as espinhas de peixe, aumenta a largura das calçadas, reduz a largura do canteiro central, inclui a substituição gradativa das grandes árvores por espécies que não cresçam tanto e prevê um novo e eficiente sistema de iluminação além do recapeamento das duas pistas, colocação de floreiras e bancos nas calçadas

O projeto, executado pela Secretaria de Transportes do Município está orçado em R$ 3,8 milhões, já obteve o aval da Associação Comercial e Industrial de Maringá (Acim) e do Sindicato do Comércio Varejista (Sivamar), aguardando apenas a autorização do Banco Central para a captação dos recursos.

Embora a maioria dos entrevistados tenha se posicionado contra a retirada das espinhas utilizadas para o estacionamento de veículos, 32,27% deles disseram que essa providência melhora o trânsito, evitando acidentes ao passo que 63,41% opinaram que não melhorar em nada e que os acidentes continuariam ocorrendo. Nessa questão, só 4,32% disseram que é indiferente."

Fontes: O Diário do Norte do Paraná de 14 de junho de 2000 / Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica.

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