1995
Com texto de Marcelo Bulgarelli.
O ano de 1995 começou agitado. O vestibular de janeiro da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi cancelado devido a uma fraude. O cancelamento causou um prejuízo de R$ 500 mil à instituição de ensino e teve repercussão nacional.
Uma das denúncias partiu do professor Gileno de Paiva, do curso Máxi, de Londrina, que recebeu questões de matemática para corrigir e suspeitou que poderiam ser do vestibular. Paiva acusou o diretor do Curso Poli, Ricardo José de Almeida, de ter lhe entregue as questões.
Num sábado, um dia antes da primeira prova, uma cópia do caderno de questões de Geografia e História foi deixada na emissora da TV Coroados, de Londrina, afiliada à Rede Globo.
Foi necessário elaborar novas questões e o exame que começaria no dia 8, foi transferido para o período de 22 a 25 de janeiro. A universidade instaurou sindicância interna para apurar a participação de funcionários. Na ocasião, 11.964 inscritos disputavam 2.120 vagas no vestibular.
O delegado Carlos Roberto Bacila, do 5º DP de Maringá, indiciou por crime de estelionato o professor Ricardo José Almeida.
Segundo o delegado e matérias da época, existiam provas suficientes para o indiciamento de Almeida. Ele teria procurado professores de cursinhos para corrigir as questões.
Em depoimento, Almeida negou as acusações e disse que procurou os professores para oferecer emprego.
Fontes: Folha de São Paulo de janeiro de 1995 / Acervo do jornalista Marcelo Bulgarelli / Acervo Maringá Histórica.
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