1970
O registro aéreo da década de 1970 mostra parte da Zona 5, com destaque para a praça Pio XII.
As ruas curvas materializam a modernidade empregada pelo conceito de "cidade jardim" na concepção do projeto urbano de Maringá. A partir de rascunhos dos engenheiros e diretores da então Companhia de Terras Norte do Paraná, Gastão de Mesquita Filho e Cássio da Costa Vidigal, o urbanista paulista Jorge de Macedo Vieira concluiu o traçado de Maringá entre 1943 e 1945.
Quanto a praça Pio XII, considerada o ponto mais alto da cidade, foi prevista a instalação de antenas retransmissoras dos sinais de TV e rádio. Para viabilizar essa operação, promulgou-se a Lei Municipal nº. 997, em 14 de junho de 1973, na qual foram previstas prioridades na ocupação do espaço público pelos seguintes equipamentos: 1º) Estabelecimentos escolares; 2º) Estabelecimentos culturais, biblioteca, teatro e templo; 3º) Emissoras de televisão.
A primeira emissora a tentar instalar sua sede no logradouro foi a TV Cultura, que iniciaria as suas atividades anos mais tarde, em setembro de 1975. No entanto, após muitas articulações, o prefeito Silvio Barros estabeleceu várias dificuldades para inviabilizar o negócio. Segundo consta, durante o evento de inauguração do veículo de comunicação, a sua diretoria liderada por Samuel Silveira deu pouca visibilidade para Barros. Essa rixa permaneceria durante anos, segundo revelou o repórter e antigo jornalista da TV Cultura, Messias Mendes.
Outra informação relevante presente nesta imagem é quanto ao espaço que ficaria conhecido, anos depois, como Bosque das Grevíleas.
Com 44,6 mil m², a área ambiental surgiu como uma ideia para reduzir a poeira procedente da terra vermelha. Devido a localização, fortes rajadas de vento dificultavam a vida dos moradores da Zona 5. Um deles era o diretor da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná, o engenheiro agrônomo Anníbal Bianchini da Rocha, que sugeriu o plantio da espécie para servir como um filtro natural.
Posteriormente, a ideia seria retirar as grevíleas para lotear a área. No entanto houve mobilização dos moradores pela sua manutenção e o pedido foi atendido. Hoje a reserva leva o nome de seu idealizador.
Fontes: Gerência de Patrimônio Histórico de Maringá / Acervo Maringá Histórica.
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