1970
O advogado Adriano José Valente foi eleito como prefeito de Maringá em 15 de novembro de 1968. Do MDB, vinculou-se às bases populares por meio de um slogan que lhe caiu muito bem à época: "pé-de-chinelo". Usou o marketing político, por meio de sua equipe, e beneficiou-se da fala descabida da oposição. Embora ligado aos oposicionistas do governo militar, o prefeito mudou de partido quando Haroldo Leon Peres, deputado federal eleito por Maringá, foi indicado por vias indiretas ao cargo de governador do Paraná. Adriano Valente se viu frente à um dilema: aproximar-se da ARENA, a fim de buscar recursos e benefícios para a cidade, ou seguir em uma linha oposicionista. Optou por trocar de time.
Em uma matéria do final da década de 1970, o prefeito é mostrado como um personagem que foi pressionado entre seus pares para deixar o MDB.
"A primeira fase (emedebista) de Adriano José Valente à frente dos destinos de Maringá foi muito conturbada, politicamente. O MDB local, desorientado pela cassação do seu grande líder Renato Celidônio, quedava-se desamparado e estupefato, ante o esfacelamento do partido em três alas distintas: a ala do prefeito; a ala do Silvio Barros; a ala dos autênticos. Depois de violentos atritos, tentativas de cassação de mandatos de vereadores emedebistas, o resultado não podia ser diferente: Adriano Valente, prefeito de Maringá, foi quase forçado a sair do MDB, hostilizado que era, dia e noite, pela bancada de vereadores eminentemente silvistas. E, no partido do governo, ficou Adriano até os dias de hoje (na época da matéria). A ala silvista conquistou em 1972 a prefeitura, aliada aos cardeais arenistas de Maringá (JP, Luiz Moreira de Carvalho etc.), e os autênticos, refluíram e se aguardaram para conquistar a prefeitura em 1976, o que não conseguiram, apesar de serem os mais votados da legenda oposicionista.
A foto, do ano de 1970, registra o momento em que os vereadores Antonio Facci, Alaídio Gaspar e Walber Guimarães, do MDB, discutiam com o procurador do Município, o advogado Moacir Correia, sob o olhar atento do prefeito Adriano Valente."
A nota não destaca o interesse do então prefeito em se aproximar do governador Haroldo Leon Peres e que essa teria sido umas das principais razões da mudança de partido.
Fontes: Acervo Família Planas / Acervo Maringá Histórica.
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