Em 2 de março de 1974, a sucursal da Folha de Londrina em Maringá, já alertava a cidade de seu maior problema ambiental. O título da matéria foi "Área verde de Maringá começa a se deteriorar".
Naquele ano, extamente 25.312 sibipirunas, tipuanas, flaboyants, jacarandas, mimosas, tamareiras e outras espécies, cobriam mais de 1.686.369 m² de ruas e avenidas da cidade. O que resultou em 11,2 m² de área verde por habitante. No entanto, a notícia traz um dado nunca antes contabilizado: as áreas verdes privadas. Isto é, se somadas as áreas públicas com o verde privado (jardins particulares, interiores de residências, etc.), a área verde por habitante de Maringá superava a de Los Angeles (32 m²/habitante), nos Estados Unidos.
Mesmo assim, a matéria trouxe o dado alarmante de que a cidade precisava recuperar rapidamente suas árvores, além de ampliar sua malha ambiental. Diz o conteúdo: "Na afirmativa não há nenhuma profecia do caos, mas a constatação pura e simples do que vem ocorrendo com a arborização da cidade, que não é recomposta com a velocidade exigida pelas árvores que morrem ou que são simplesmente arrancadas. Além disso, o aparecimento de numerosos bairros faz com que extensas áreas, já urbanizadas, apresentem-se hoje desnudas e tristes".
Passadas décadas, a recomposição vem ocorrendo mas com espécies diferentes das previstas no projeto original de Luiz Teixeira Mendes. Deste modo, Maringá entra em um cenário preocupante: como preservar seu maior bem ambiental, que são as árvores?
Fonte: Folha de Londrina - 2 de março de 1974 / Acervo Maringá Histórica.