Um raro registro da avenida que já se chamou Ipiranga e que, poucos sabem, teve seu nome alterado para Getúlio Vargas depois de uma discussão entre a Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (CMNP) e o então prefeito Américo Dias Ferraz.
Sua primeira nomeação se deu em homenagem as origens da colonizadora da cidade. A avenida que foi, durante décadas, a artéria econômica de Maringá, adquiriu o nome Ipiranga em homenagem ao Riacho do Ipiranga da cidade São Paulo, onde, em 1822, o imperador D. Pedro I teria proclamado a independência do Brasil. Os quatrocentões, membros da diretoria da CMNP, optaram por homenagear sua cidade de origem.
Entre 1956 e 1957, o relacionamento entre o Poder Público e Privado se fortaleceu, inclusive, gerando resultados benéficos para a cidade. Para se ter ideia, em 1957, em função das comemorações dos 10 anos de fundação da cidade, Américo Dias Ferraz concedeu o título de cidadão honorário a Alfredo Werner Nyffeler, então gerente da colonizadora. Em 1958, a história foi diferente. A situação em certo ponto se tornou insuportável. No auge das discussões, Américo solicitou aos funcionários públicos que retirassem um
Bosque de Essências que estava localizado na Praça da Rodoviária (atual Napoleão Moreira da Silva), que era mantido pela CMNP.
Outra das retaliações por parte do Poder Público foi a primeira alteração de nome de vias públicas de Maringá. Em 1958, a Avenida Ipiranga foi alterada para Avenida Getúlio Vargas - político que afrontou avidamente os quatrocentões paulistas.
Fonte: Acervo Maringá Histórica.