No início da Segunda Guerra Mundial, em 1939, a família de Neuza Chaves Pietrobon, oriunda de Jaú-SP, embarcou em um caminhão movido a gasogênio para uma viagem de mudança ao Norte do Paraná, com destino a Londrina, onde seu pai se estabeleceu com um posto de combustíveis e mecânica com revenda de peças automotivas. Passado pouco tempo, a sede da empresa foi transferida para Cambé, que na época ainda se denominava Nova Dantzig.
Enquanto isso, em São Paulo-SP, a família de Zaury Antônio Pietrobon iniciava um negócio no ramo de secos e molhados com matriz na capital paulista e filiais pelo Norte do Paraná: Cambé, Maringá e Jaguapitã. Tratava-se das Casas Paratodos. O patriarca Antônio operava as compras no atacado e os filhos faziam a revenda no varejo pelas filiais.
No final da década de 1940, Zaury passou a residir em Cambé, a fim de trabalhar na filial da Casas Paratodos, momento em que conheceu Neuza. Logo iniciaram namoro e casaram-se em 15 de julho de 1950.
Cinco anos depois faleceu Esgualdo Pietrobon, irmão de Zaury, que era quem gerenciava a filial da Casas Paratodos na cidade de Maringá. Assim, Zaury veio assumir a gerência dessa unidade, juntamente de sua esposa, Neuza. Eles passaram a residir, já com 3 filhos, no fundo da sede da empresa, situada na praça Raposo Tavares, nº. 475.
A família passou pela grande geada de 1955 em solo maringaense. Neuza relatou a sensação de frio na residência de madeira, tendo que usar ferro de passar roupa para aquecer os lençóis e usar jornais dentro das meias das crianças como isolante térmico.
Neuza e Zaury começaram a atuar ativamente nos meios sociais da emergente cidade, quando filiaram-se ao Rotary Clube. A família se recorda das reuniões festivas e dos eventos ocorridos nos salões do Grande Hotel Maringá.
O casal se tornou sócio-fundador de vários clubes sociais: Maringá Clube, Country Clube e Clube Olímpico. Também atuaram em ações filantrópicas junto do Lar Escola da Criança, do Lar dos Velhinhos, da ANPR e da APAE.
Na primeira metade dos anos de 1960, os filhos foram estudar em São Paulo, no Colégio Arquidiocesano, momento que nasceu a filha do casal Pietrobon, Carmem Roberta.
Nos anos seguintes, os filhos retornaram do internato e cursaram o colegial no Colégio Estadual Dr. Gastão Vidigal. Após a conclusão, a família se mudou à capital paulista para os filhos fazerem o curso superior.
Ao final dos anos 1970, Zaury e Neuza retornam para Maringá. Zaury passou a trabalhar inicialmente na empresa de construção civil de seu filho, Cláudio Emanuel. Posteriormente, entrou no corpo técnico da COCAMAR. Cooperativa a qual se aposentou.
Zaury e Neuza, então, se mudaram para Vilhena, em Rondônia.
Zaury adoeceu e faleceu. A partir disso, Neuza passou a residir no eixo Maringá-Vilhena, alternando as temporadas em cada cidade.
Fonte: Contribuição de Cláudio Emanuel Pietrobon / Acervo Maringá Histórica.